
Trabalhando. Duas da tarde. Desci pra fumar um cigarrinho. Atitude essa que é “condenável” em tempos onde as liberdades individuais estão sendo massacradas em nome de um bem coletivo. Dizem. O blá blá blá de que o trabalhador fumante gasta um tempo considerável de seu rendimento tragando a "Deusa do Mal" da nicotina. Desci. Fumei. Gastei o tempo precioso da minha empresa. Vinte chibatadas. Traguei. E estou lá, felizinha da minha vida, quando uma senhora muito lindinha, muito lourinha e muito arrumadinha aparece do nada, segura no meu pulso e quando pensei qeu ela iria me pedir uma informação, ela diz simplesmente: "Linda você, pena que fuma”. Ah, mas foi tão delicada no falar, no tom de voz, tão gentil no tocar o meu pulso pra ganhar minha atenção, que resolvi aliviar com uma boa notícia: “É por pouco tempo”.
- "Que bom"-disse ela.
Duas semnas atrás, saí de uma sessão de terapia daquelas arrasadoras, sobretudo para quem já se encontrava arrasada, quando resolvi sentar nos degraus de uma escadaria e, eis que estava lá, tristinha da minha vida, quando um senhor muito bonitinho, com a aparência muito fragilzinha com a sua bengalinha, parou na minha frente e disse: “Moça, você devia largar isso” . O que? O cigarro ou a tristeza?
Duas semnas atrás, saí de uma sessão de terapia daquelas arrasadoras, sobretudo para quem já se encontrava arrasada, quando resolvi sentar nos degraus de uma escadaria e, eis que estava lá, tristinha da minha vida, quando um senhor muito bonitinho, com a aparência muito fragilzinha com a sua bengalinha, parou na minha frente e disse: “Moça, você devia largar isso” . O que? O cigarro ou a tristeza?
-É, eu sei, - respondi com meu sorriso mais doce, enquanto ele me contava que há 30 anos decidiu largar e que hoje, z se não o tivesse feito, talvez estivesse não de bengala, mas possivelmente, morto. Enfim. Uma sábia escolha pessoal.
Agora é assim: você quer fumar? Insiste nisso? Mesmo que aumentem o preço do teu vício, mesmo se somados os gastos com o cigarro você pudesse comprar um carro no final do ano? Entao agüenta as consequências, as de longo, médio e curto prazo. As de longo e médio todo mundo já conhece, até porque estão lá no verso das malditas carteirnhas. E as de curto são essas sangue bom (não tao bom) . Abençoados os velhinhos gentis, que ainda te chamam de linda pra te fazer refletir. Mas o restante dos não-fumantes do Universo estão nos matando de tédio, tao lentamente quanto fazem as 6 mg de alcatrão, as 6 mg de nicotna e os 8 mg de monóxido de carbono que a gente ingere quando nos dá na veneta.
Acham que a nossa vida é moleza?
Outro dia eu devia ter fumado uma carteira, andava na rua, bem distraidamente, quando passa uma mulher e seu filhinho e ela dispara na minha cara (!) : "Credo, que nojo esse cheiro de cigarro!". E eu fiquei ali, pasma, com aquele vai-pro-diabo-que-te-carregue-sua-filha-de-um javali-horroroso, entalado na garganta. E no elevador? Fazem cara feia. Eu não faço cara feia com quem nitidamente esqueceu de passar o desodorante pela manhã, pelamordedeus! Em outra ocasião, joguei uma gimba de cigarro na rua (tá, isso foi feio, muito feio) e a mulher me olhou bem nos olhos com cara de quem estava me acusando de assassinato! Fiquei p. da vida, juro! Queria dizer: "Volta aqui já sua louca, jogo o que eu quiser onde quiser, porque quem está com coração partido pode tudo, estou me lixando com a rua, aliás estou me lixando com o Planeta Terra, com a economia de água, com a reciclagem do lixo, com a poluição sonora, com a pobreza da Índia. Vai te catar! Ahahahhaha. Eu tava doida, é verdade, muito mais do que ela.
Atualmente sou uma fumante em fase de transição. Parei de ser feliz há quatro anos porque me encontrava naquela idade em que anos de sedentarismo e algum bom senso (sem falar nas estatísticas) te fazem perceber que se é mortal. Então fumava e sentia uma taquicardia (imaginária) que representava o princípio de uma fulminate e mortal ataque cardíaco. Sabe como é, possuo uma mente muito sugestionável, o que imagino passa a ser, sem volta. Pânico. Assim sendo, fui pararno hospital umas três vezes, incluindo a noite de um aniversário porque queria porque queria fazer um eletro. Fiz. Nada a declarar.
Atualmente sou uma fumante em fase de transição. Parei de ser feliz há quatro anos porque me encontrava naquela idade em que anos de sedentarismo e algum bom senso (sem falar nas estatísticas) te fazem perceber que se é mortal. Então fumava e sentia uma taquicardia (imaginária) que representava o princípio de uma fulminate e mortal ataque cardíaco. Sabe como é, possuo uma mente muito sugestionável, o que imagino passa a ser, sem volta. Pânico. Assim sendo, fui pararno hospital umas três vezes, incluindo a noite de um aniversário porque queria porque queria fazer um eletro. Fiz. Nada a declarar.
Tudo bem, ficamos doentes, ocupamos os leitos de hospitais que podiam ser destinados a outros tipos de doetes, a Saúde gasta rios de dinheiro com gente do nosso tipinho. Estão proibindo o maldito em todos os cantos do Planeta, somos tratados feitos os comunistas de antigamente, somos uns idiotas que não ligamos pra nossa própria saúde, vamos morrer lentamente e o pior de todos os crimes: estamos matando os passivos do mundo. Ö senhor, que cantos do inferno será que iremos ocupar por tamanha falha de caráter?
Ok, ok. Me rendo. Vocês estão vencendo esta guerra. A patrulha anti-tabaco e suas leis e caras feias estao aos poucos nos matando de vergonha e humilhação. Guardem suas armas. O mundo enfim, vai se vendo livre de nós e se tornando cada vez mais, um lugar chatinho de se viver. A liberdade individual de vocës se entupirem de linguiça toscana, elevar suas taxinhas de colesteróis a níveis estratosféricos e ocupar o seu leito de hospital está garantida. Amém.
Para deixar de fumar, disque saúde:
080061 1997
Ou viva e morra como quiser.
Não fumo, mas fui contra essa cois de pode fumar aki, ali não pode... bah! E viva a liberdade! Nos tempos antigos de Londres e Paris, fumar era chique e nada condenável pq só os intelectuais e as damas da côrte o faziam...
ResponderExcluirE homem barbado que sabe lançar um bom cigarro? Ui.
Whatever, vc tá escrevendo divinamente.
Puta merda que comédia, lendo, rindo e me identificando, próximo que falar do meu maldito e desestressante cigarro, eu conto até dez ou apago no olho do infeliz. concordando com o comenttario /\ envolvente e divinamente escrito.
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