Bem-Vindos 32 anos. E me identifico com a "Brigite Jones e seu diário", com a solidão cultivada de Hilda Hilst e a Clarice Lispector em: "A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver." Talvez tivesse hoje um filho, uma casa baguncada e um marido chamado "amor". Talvez tivesse me separado. Quem sabe tivesse engordado e não pintasse as unhas de cores fortes. Talvez tivesse sido feliz. Talvez nao. Mas não penso nas escolhas que não fiz. Penso nas que ainda faço.
Quando irei querer pertencer, juntar, dividir? Não sei e os porquês ocultos, aqueles que não consigo ver, talvez sejam justamente os mais importantes. Feliz e infeliz, como toda gente.Tantas pessoas que passaram, tantos momentos. Que bom que beijei 450 bocas e levei puxada de tapete, dei uns tapas na cara, amei, desamei, tentei amar, tentaram... Sonhos que se realizaram e que morreram na praia. Que bom que fui doida, inconseqüente e que nunca passei dos limites que eu mesma me impus.Já acordei com ressaca moral, mas também extasiada. Alguns arrependimentos, mas que só chamo assim porque aconteceram, tiveram que acontecer pra receber esse nome, senão seriam chamados de nada. Amor com Lennon e Mcartney, ao som de "All You need is love". E o dia amanhecendo e a gente ainda vestidos de noite, pedaços de maquiagem que restaram, roupa amassada, sorriso feliz e uma lua suave, chegando em casa.
Não envelhecer irremediavelmente sem ter passado por algumas situações constrangedoras que viram gargalhadas quando comentadas com as amigas antes de dormir e "não ri tão alto que o vizinho já vai reclamar" Não sei rir baixo, nem baixo sei falar. Amor? O amor teve seus nomes, alguns Paulos, Rogérios, Ivans. E no final, o amor pergunta: E agora? E agora, enquanto o amor não vem...que venha o que vier.
"Amor com Lennon e Mcartney"... não podia ser mais perfeito, rs.
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